É sempre bom ressaltar sobre a importância da interpretação textual, pois sua ocorrência não se dá somente no meio educacional, mas também em concursos de uma forma geral.
Aprimorar nossa competência no sentido de analisarmos minuciosamente um texto é requisito básico para a eficácia dos resultados.
Mas existe um procedimento específico para isto?
Como sabemos, a nossa capacidade no que se refere à escrita vai sendo aperfeiçoada paulatinamente, ou seja, fatores primordiais, como o hábito constante de leituras é decisivo para essa conquista.
Dessa forma, o enriquecimento do vocabulário, o domínio das estruturas linguísticas, como também a interpretação textual são competências adquiridas ao longo de nossa experiência.
Interpretar um texto significa “desvendar seus mistérios” quanto à questão do discurso, pois esse (o discurso) representa a mensagem que ora se deseja transmitir.
Quando falamos em interpretação, esta engloba uma série de particularidades, tais como pontuação, pois uma vírgula pode mudar o sentido de uma ideia, elementos gramaticais, como conjunções, preposições, entre outros.
Obviamente que, para haver uma boa interpretação, o texto deverá dispor de todos os requisitos essenciais para tal. Como por exemplo, coesão, coerência, paragrafação e, sobretudo, relações semânticas bem delimitadas, para que dessa maneira o leitor possa interagir plenamente com as ideias retratadas por esse texto.
A questão discursiva tanto vale para textos escritos em prosa, quanto para aqueles escritos em forma de versos, pois por trás de uma simples estrofe há infinitos dizeres, que o leitor, com seu conhecimento de mundo, torna-se capaz de decifrá-los de uma forma bastante plausível.
Assim sendo, a linguagem é algo interativo, magnífico, surpreendente, autêntico e poderoso. Ao atribuirmos o adjetivo “poderoso”, estamos nos remetendo à ideia de que ela também possui uma finalidade persuasiva em meio ao processo de interlocução.
Assim, como mencionado anteriormente, é inegável a importância de estarmos aptos a interpretar todo e qualquer texto, independente de sua finalidade. E para que isto ocorra, é necessário lançarmos mão de certos recursos que nos são oferecidos, e muitas vezes não os priorizamos, como a leitura, a busca constante por informações extratextuais, para que assim nos tornemos leitores e escritores cada vez mais conscientes e eficazes.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Graduada em Letras
DICAS:
Ler e compreender nem sempre é tão simples quanto parece. Contudo, existem algumas dicas para melhorar a interpretação de texto que facilitarão seu dia a dia.
Infelizmente, ainda que o número de analfabetos no país tenha caído vertiginosamente nos últimos anos, precisamos lidar com um grave problema que afeta milhões de brasileiros: o analfabetismo funcional. Diz-se que um indivíduo é analfabeto funcional quando ele, mesmo sendo tecnicamente alfabetizado, isto é, conhece e decifra adequadamente o código, é incapaz de compreender aquilo que leu. É interessante observar que essa dificuldade não está relacionada com os anos de exposição ao conhecimento sistematizado, haja vista que atinge pessoas com todos os níveis de escolaridade, conforme pesquisa do Indicador de Analfabetismo Funcional, o Inaf.
Como boa parte dos leitores não consegue entender simples leituras, é normal que o desinteresse pelos livros aumente, afinal de contas, as palavras ficam esvaziadas de sentido e ler torna-se uma tarefa enfadonha, desvinculada de qualquer possibilidade de prazer. Contudo, essa realidade precisa ser mudada, por isso o Brasil Escola preparou para você cinco dicas para melhorar sua interpretação de texto. São dicas simples de leitura que certamente farão diferença no seu dia a dia na escola, na faculdade e no trabalho. Vamos lá? Boa leitura e bons estudos!
Cinco dicas para melhorar sua interpretação de texto
Dica 1 → Procure um lugar agradável para ler: Sempre que possível, procure um local adequado para fazer sua leitura diária. Isso significa estar bem acomodado, longe de ruídos e influências externas que possam atrapalhar a sua concentração. Mesmo que você consiga ler e assistir à televisão ao mesmo tempo, evite esse tipo de comportamento: ajude seu cérebro a “digerir” uma informação de cada vez, ele precisa de tempo para assimilar novos conteúdos e conceitos;
Dica 2 → Não subestime a importância de um bom dicionário: Recorrer a um dicionário não é feio ou proibido: ele não é o “pai dos burros”, ele é o pai dos curiosos e estudiosos. Nossa língua portuguesa é composta por uma infinidade de vocábulos, você não precisa saber o significado de cada um deles. Surgiu uma dúvida? Consulte o dicionário e anote a palavra consultada no caderno, pois assim ela poderá fazer parte de seu vocabulário em construção;
Dica 3 → Sempre que possível, leia no papel: Muitas pessoas perderam o hábito de adquirir livros físicos, isto é, impressos. Contentam-se com a leitura de documentos virtuais que nem sempre oferecem as mesmas possibilidades de leitura que o texto no papel, onde podemos fazer anotações, sublinhar, dobrar páginas e outros recursos que facilitam a interpretação textual. Ler no computador ou nos demais suportes tecnológicos pode ser mais cômodo e prático, mas nem sempre é a melhor opção para quem tem dificuldades de interpretação textual;
Dica 4 → Faça paráfrases: Antes de apresentarmos essa dica, é importante que você saiba que a paráfrase nada mais é do que uma explicação livre e desenvolvida de um livro ou documento. Sendo assim, à medida que a leitura avançar, faça pausas e tente explicar com suas próprias palavras (isto é, sem transcrever o fragmento do documento) aquilo que você já leu. Essa técnica facilita a compreensão do texto;
Dica 5 → Leia devagar: Nós sabemos que são muitas e urgentes as demandas diárias, mas, sempre que possível, reserve um tempo para ler com calma, leituras apressadas dificilmente são processadas pelo cérebro. Às vezes, o que falta para o leitor são condições adequadas de leitura, e não capacidade de compreensão textual. Fatores externos influenciam muito no sucesso ou no fracasso da leitura, portanto, nada de ler se não tiver tempo suficiente para refletir sobre aquilo que foi lido, certo?
Por Luana Castro
Graduada em Letras